As eleições municipais de 2012 custaram R$ 395 milhões
Meio bilhão de reais é o valor estimado pela Justiça Eleitoral para a
realização do plebiscito que foi solicitado pela presidente Dilma
Rousseff para iniciar a reforma política no Brasil. A consulta será
realizada às pressas com a intenção de diminuir o custo político das
manifestações que se espalharam por centenas de cidades nas últimas
semanas registrando a insatisfação popular com os rumos dos governos.
Normalmente uma consulta popular custa quase o mesmo do que uma eleição,
mas esta deverá ser cerca de 25% mais cara do que o pleito de 2012, quando foram gastos R$ 395 milhões para a escolha de prefeitos e vereadores em mais de 5.565 municípios. A preocupação com segurança será um dos motivos que vão deixar a conta tão alta,
além da inflação. O governo não quer mais desgaste após as cenas de
violência registradas em diversos protestos de rua. Um efetivo das
Forças Armadas [Exército, Marinha e Aeronáutica] deverá ser escalado
para tentar manter a ordem. A pressa para realizá-lo também vai custar
caro ao contribuinte. De acordo com a presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), Carmen Lúcia Antunes Rocha, um bom planejamento é
decisivo para reduzir o custo do pleito. Se confirmado que custo final
do plebiscito ficará em R$ 500 milhões, o valor será o dobro do que foi
gasto em 2005 com o referendo do desarmamento. Na ocasião, foram
consumidos R$ 252 milhões. O dinheiro será destinado à organização da
consulta, que inclui desde a campanha de esclarecimento da população até
o transporte e resgate das urnas e a contagem digital dos votos.
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