O anúncio de que o governador Cid Gomes (Pros) cogita renunciar ao
mandato para viabilizar candidatura do irmão Ciro Gomes (Pros) ao Senado
acendeu sinal de alerta para aliados e opositores. Para o aliado PCdoB,
que deseja a reeleição do senador Inácio Arruda, o anúncio foi “uma
surpresa” e pode comprometer expectativas de pré-candidatos ao cargo. Já
para o PSDB, que poderia lançar o ex-senador Tasso Jereissati, não
haverá mudança, porque “Tasso não quer ser candidato”.
A vaga única para o Senado em 2014 tinha quatro nomes apontados como
postulantes: Inácio, Tasso, José Guimarães (PT) e Giovanna Cartaxo
(PSB). A mudança no cenário com a entrada de Ciro pode pesar
principalmente para PCdoB e PT - este último que se reúne sábado para
definir seu rumo.
O deputado estadual Lula Morais (PCdoB)
pontuou que o partido ainda não se reuniu para saber o que muda com a
candidatura de Ciro e a renúncia de Cid. “Estamos aguardando um convite
do governador para saber quais as intenções”, frisou. Para ele, a
candidatura de Ciro prejudica qualquer pretensão ao Senado que se tenha
apresentado até agora.
Para o deputado federal Chico Lopes
(PCdoB), a possível renúncia de Cid “pegou todo mundo de surpresa”. “Não
podemos interferir nas decisões internas dos outros partidos, mas
quando for para formar alianças, isso será discutido”.
O presidente estadual do PSDB, Luiz Pontes, é enfático ao afirmar que a
deliberação de Cid “não muda nada” para os tucanos. O ex-governador
Tasso Jereissati não tem intenção de ser candidato, afirma Pontes. Tasso
já teria, inclusive, comunicado a decisão ao pré-candidato à
Presidência da República, senador Aécio Neves, e ao ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso. “Temos insistido muito para que ele seja
candidato, mas não será decisão de ‘a’ ou ‘b’ que mudará o pensamento
dele (Tasso)”, completou Pontes.
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