O Senado concluiu nesta quarta-feira (23) a aprovação do projeto de lei
que estabelece novos critérios para criação, emancipação e fusão de
municípios. O texto é fruto de um acordo dos parlamentares com a
Presidência, que no ano passado vetou integralmente proposta semelhante
sob o argumento de que a mudança aumentaria despesas da União.
O texto principal havia sido aprovado na semana passada pelo plenário,
que nesta quarta-feira concluiu a votação acatando emendas apresentadas
pelo relator, Valdir Raupp (PMDB-RO). Para ter validade, o texto deverá
ser aprovado também pela Câmara dos Deputados.
Para evitar que o Congresso derrubasse o veto presidencial, governo e
parlamentares da base aliada elaboraram um novo projeto. O texto
aprovado pelos parlamentares em 2013 permitiria dar início a processos
de emancipação – e transformação em município – de pelo menos 188
distritos, segundo Raupp.
Já o projeto aprovado – que foi costurado pelo peemedebista com apoio
do Planalto – permitirá a criação de 130 a 150 novos municípios, segundo
estimativa de Raupp, beneficiando principalmente o Norte e o Nordeste,
regiões com menor densidade populacional.
A principal mudança feita pelo relator ao texto foi a quantidade mínima de habitantes exigida para a criação de um município.
Para evitar novo veto presidencial, o relator atendeu ao pedido do
governo e, nas regiões Sul e Sudeste, aumentou a exigência de 12 mil
habitantes para 20 mil habitantes. No Nordeste, o texto vetado por Dilma
previa população de 8,4 mil e agora passará a 12 mil. No Centro-Oeste e
no Norte não hove alteração na exigência de 6 mil moradores.
O autor do projeto, senador Mozarildo Cavalcanti, disse que, com a
aprovação do projeto, o Senado "atende aos anseios de todos os
municipalistas desse país". "Acho que vai ser a oportunidade de o Brasil
agir de forma séria porque estabelece rigores para a criação de novos
municípios, fusão, incorporação e desmembramento", disse.
Com o objetivo de facilitar a fusão dos municípios, o projeto reduz de
10% para 3% da população dos municípios envolvidos o número de
assinaturas necessárias ao requerimento que dá início ao processo de
fusão ou incorporação.
"A fixação de condições mais propícias à fusão e incorporação de
municípios, visa resolver o problema das unidades de baixa viabilidade
econômica, que poderiam se consolidar em unidades maiores, com mais
economia de escala na provisão de serviços públicos", justificou Raupp
em seu relatório.
Também por sugestão do Executivo, o projeto amplia de dez para doze
anos o período pelo qual fica vedada a realização de novo plebiscito no
caso de o resultado da primeira consulta ter sido pela rejeição da
criação, desmembramento, fusão ou incorporação.
A matéria ainda pretende desburocratizar o Estudo de Viabilidade
Municipal, levantamento que afere a viabilidade econômica, política,
socioambiental e urbana do município. O estudo será contratado pelo
governo estadual e não mais pelo grupo diretamente interessado na
separação ou aglutinação. Além disso, o EVM não precisará mais ser
submetido ao Tribunal de Contas do estado.
É uma pena o que a presidente fez com SANTA FELÍCIA, e outros distritos que pretendiam se tornar município.
Povo de Santa Felícia e Santo Antonio, em outubro tem eleição, e aí é a nossa vez!
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